Gonçalo Ferreira da Silva

Nasceu na cidade cearense de Ipu. Aos quatorze anos, vem para o Rio de Janeiro, onde, em 1963, publica, pela Editora da Revista Rural Fluminense, o primeiro livro: Um resto de razão, coletânea de contos regionais do Nordeste. Tem início, em 1978, a produção de literatura de cordel, quando, inicia estudos sobre cultura  popular, na Fundação Casa de Rui Barbosa onde conhece o pesquisador Sebastião Nunes Batista.

A obra poética, caracterizada pela beleza das imagens e pelo domínio da forma, reúne aproximadamente duzentos títulos publicados pelo autor. Entre eles destacaríamos os folhetos Um grande exemplo de Jesus e As bravuras de Justino pelo amor de Teresinha, reeditados pela Tupynanquim; já Emissários do inferno na terra da promissão e Lampião, o capitão do cangaço, pela Queima Bucha. De alcance temático amplo, a obra versa sobre lendas, crenças, romances, política, biografias, fatos circunstanciais e históricos, enriquecendo-se, em especial, com a presença de temas relacionados ao cangaço, à ciência e à filosofia.

Além disso, tem artigos esparsos em revistas, jornais e anuários acadêmicos. Fundador e presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), hoje responsabiliza-se pela preservação do acervo da Casa de Cultura São  Saruê, em Santa Teresa, mantendo o ofício de poeta. Autor de extensa obra em versos de cordel, alcançando mais de duzentos opúsculos, isto é, obras impressas em poucas páginas. Por meio da literatura de cordel tem manifestado em riquíssima temática a experiência adquirida ao longo de quase meio século no universo das letras. Muitos de seus folhetos já foram traduzidos para o francês, inglês, alemão, espanhol e japonês.

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