Nasceu
na cidade de Uiraúna, Paraíba. Lá, nas mãos cortadas do tio Zuza, reconhecido
por Lampião, e nos dedos ágeis do instrumentista Chico de Marocas, aprendeu a amar o trabalho artesanal. Sua arte devota até hoje um profundo
respeito pelo artesanato anônimo do sertanejo comum.
O menino nordestino de
família pobre começou sua carreira pintando preços em cartazes de lojas no Rio.
Foi daí que passou para a Ducal, porta de acesso à publicidade, que o fez
layoutman e diretor de arte de três agências. Já participou de muitas
exposições, em várias capitais brasileiras. É também autor do Sonho de papel, publicado em 2002.
Escreveu poemas, que ilustrou, resultando o livro A rua, um álbum abordando o tema urbano-carioca da Lapa e da feira
de São Cristóvão, onde aos sábados e domingos os nortistas e nordestinos se
reúnem. É nesta sua arte que se expressam sua generosidade ímpar, o acanhamento
singular de sua comunicação com os outros, sua filosofia de vida mansa na base
do viver e deixar os outros viverem.